O aumento vertiginoso de áreas urbanizadas em detrimento de locais onde anteriormente prevalecia vegetação nativa de Cerrado, tem propiciado o aumento de contatos fortuitos entre pessoas que vivem nas cidades e a fauna silvestre exóticas adaptadas a ambientes antrópicos.
Nos últimos meses, moradores de diversas regiões urbanas do Distrito Federal e entorno tem relatado o surgimento nos passeios e jardins públicos de insetos com aspectos de “lagartas” que se locomovem em bando.
Na realidade, tratam-se da fase larval de um grupo de vespa “sem cintura” relativamente rara e pouco diverso, que se reproduzem na época chuvosa. Estima-se que a fase adulta da vespa dura apenas 72 horas. Sua toxicidade na fase larval dá-se provavelmente como proteção a inimigos naturais. A intoxicação está ligada exclusivamente quando são ingeridas, ou seja, não possuem propriedades urticantes caso sejam tocadas (Informações fornecidas pela Profa. Dra. Cecília Waichert, do IB – Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília – UnB).
Até o momento, não há relato de intoxicação de cães e gatos domésticos causados por estas larvas. O simples fato dos tutores adotarem o uso de guias em todo passeio que fizerem com seus cães e evitar que seus gatos deixem o ambiente residencial para “explorarem” os arredores, diminuem significativamente as possibilidades de intoxicação pela ingestão destas larvas, como também de outros riscos inerentes a negligência com os pets como atropelamentos em vias, furtos do pet, envenenamentos, entre outros.
Por fim, o cuidado estende-se às crianças, devendo os seus responsáveis as orientarem que sempre que encontrarem algum inseto diferente, que chame um adulto para averiguar a situação e caso necessário, faça o manejo seguro para um local mais isolado.
Larvas de vespa do gênero Perreiya sp. Fonte: Getulio Gurgel.
SEPN 511 - Bloco C - Edifício Bittar - CEP: 70.750-543