Governo do Distrito Federal
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3/05/18 às 17h16 - Atualizado em 10/10/22 às 17h16

Representantes da sociedade conhecem o CPS do IBRAM

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Reunião na manha desta quinta feira serviu para a troca de informações e debate sobre propostas para calendário de atividades do Centro para este ano

 

Dezenas de representantes de instituições e organizações sociais participaram, nesta quinta-feira, 3 de maio, de reunião com representantes do Ibram para conhecerem e apresentar sugestões, propostas de atividades  e modelos de parcerias  a serem desenvolvidas pelo Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), instalações que o Instituto mantém na região do Jardim Botânico, à altura do acesso principal ao setor Jardins Mangueiral,  às margens da DF001. “É um primeiro encontro para irmos achando a melhor forma de cumprir o papel do CPS, que é difundir a cultura da sustentabilidade em ações colegiadas e práticas em redes de cooperação com a sociedade”, definiu Barbara Costa, gerente do CPS. Novos debates já estão sendo agendados para os próximos meses, segundo ela.

 

O encontro foi batizado de “Veredando” e com ele o IBRAM pretende desenvolver, ao lado de órgãos e instituições do próprio governo e organizações da sociedade civil, um calendário de oficinas, cursos, seminários, encontros e ações voltadas à sensibilização da sociedade, capacitação de jovens, adultos, pesquisadores, além de divulgação de iniciativas em favor da defesa da natureza, para serem desenvolvidos no local. Também existe a ideia do CPS abrigar exposições sobre boas práticas ambientais sustentáveis. “O calendário será sempre colaborativo, para que tenha maior alcance social e traga parceiros comprometidos com a sustentabilidade”, comenta, por sua vez, Raoni Costa, outro representante do Ibram na condução do novo Centro.

 

Os convidados também puderam conhecer  o novo empreendimento, construído com recursos de compensação ambiental de empresas privadas e ele próprio um modelo de sustentabilidade. Com uma arquitetura ousada e inovadora, o espaço de 10mil m² foi construído a partir de modernos conceitos de construção sustentável pelo consórcio de empreiteiras que ergueu o bairro Jardins Mangueiral. Por isso obteve o Certificação Aqua (que reconhece obras de construção civil de Alta Qualidade Ambiental).

 

Os materiais usados na obra, desde tintas, resinas impermeabilizantes e vernizes, foram adquiridos de fornecedores com Certificado Coatings Care (dado a empresas de comprovada responsabilidade com o meio ambiente). Bambu foi a madeira usada tanto na produção dos painéis de fixação das paredes de taipas, como também no rodapé de alguns cômodos e nos eletrodutos da edificação. As taipas foram produzidas com o barro da própria obra e as demais estruturas de madeiras são provenientes de reflorestamento certificado.

 

Os tijolos também são ecológicos, produzidos de solo-cimento com a aplicação de taipa de mão (mistura de barro, areia, argila e cal) uma forma de produzir inércia térmica e deixar o ambiente mais refratário ao calor. A pavimentação do estacionamento e passeios internos foram feitos com a reutilização dos resíduos gerados pela demolição do Estádio Mané Garrincha. O CPS conta ainda com um sistema de ventilação cruzada, uma forma de reduzir o uso de equipamentos eletrônicos de climatização, como ar condicionado e ventilador.

 

Outra curiosidade é o telhado verde, uma cobertura de gramíneas que serve à reutilização da água da chuva, que junto com o sistema de tratamento por zona de raízes, realizam a filtragem natural da água que pode ser reutilizada para irrigação e descargas dos banheiros. O prédio possui salas de aula, de multiuso, de reuniões, cinema, área de convívio, salão de eventos, viveiros e hortas, com acessibilidade para deficientes com rampas de acesso. E o objetivo do IBRAM é fazer o CPS um laboratório permanente de sustentabilidade e continuar investindo em novas tecnologias inovadoras nessa área, segundo seu presidente, Aldo Fernandes. O Centro chegou a ser inaugurado em 2015 e operado experimentalmente por uma Oscip, a Econama, mas teve suas atividades paralisadas, há três anos. No ano passado, no entanto, o Instituto, após alguns reparos e ajustes, decidiu assumir diretamente o projeto e, por meio de parcerias, iniciar suas atividades.

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